sábado, 6 de abril de 2024

Descoberta

 Nem sempre as decisões são fàceis de tomar, por vezes perduram na nossa cabeça durante meses até ganharmos coragem e a colocarmos em pràtica.

Não sou exeção à regra.

Durante vàrios anos acreditei em contos de fada e em para sempre. Acreditei que o amor nunca acabava, como acreditei que, numa crise, tudo se resolvia. 

Mas na verdade, cresci a acreditar no oposto.

Desde cedo vi o amor a acabar, vi o amor tòxico,  vi o amor obsessivo, vi o amor crescer e vi o amor morrer. Acreditei também na impossibilidade de um casamento durar uma vida.

Na verdade, os exemplos com os quais cresci, mostraram-me a realidade.

Eu acredito no amor para sempre, e não estou a falar no amor pelos nossos filhos. Acredito na durabilidade de uma relação quando bem alimentada. 

O amor serà sempre um tema bastante complexo, e para mim, que sou guiada e alimentada por amor, vou sempre acreditar num testo para cada panela.

Dòi descobrir quando, aquele amor que tanto o alimentamos jà não é o amor que queremos ou que precisamos para nutrir a nossa alma. 

Os fins, por muito que sejam abençoadas por lindos recomeços, não deixam de ser fins, não deixam de doer, deixam marcas, cicatrizes para o resto da nossa vida.

Tomar a decisão de acabar um relacionamento que tanto foi alimentado, deu frutos, e à imagem exterior era o amor perfeito, não foi fàcil. E não é preciso existir um novo amor para deixar de amar. Também não se deixa de amar de um dia para o outro, pois, tal como eu disse, quando bem alimentado ele não morre de fome. 

Não me esqueço do dia em que tomei a decisão, não me esqueço da mensagem que enviei e a quem enviei para desabafar toda a dor que a minha alma portava naquele dia. E não me arrependo da decisão que tomei.

Descobri uma mulher que nunca pensei existir, uma força que eu nunca tinha visto, uma independência que eu pensei não ter coragem e uma vontade de ser feliz que estava guardada.


Eu mudei. E por vezes é necessàrio acabar um livro, e começar a escrever outro.