segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A culpa é das estrelas .

No silêncio de um infinito mundo à parte do qual deveria viver, imaginei-me sem forças para lutar... Foi um sonho mau, baixaria os braços sem pelo menos tentar ir à luta ou até mesmo fazer com que tudo pudesse dar certo. Fraquegei. Não dei o devido valor a mim. Mas, nesse mesmo sonho percebi-me de tantas outras coisas que me eram completamente ignoradas. Juntou-se à minha fraqueza a certeza de que estava enganada. Aquele sentimento de tristeza que se apodera de nós quando percebemos que não temos aquilo que pensávamos ter, pelo menos no sentindo pessoal em que ouvimos dezenas de pessoas dizerem-te: "estou aqui, estarei sempre aqui", e percebes que estás ali sozinha. Afinal, onde estão aquelas pessoas que fizeram promessas infinitas de amor mútuo e companheirismo eterno? Fugiram? Desapareceram? Foram raptadas? Não, abandonaram-te, porque todas as palavras que te disseram, não passaram dito, palavras. Promessas quebradas.
E o sonho continuou. 
Continuei a caminhar por aquele caminho que por mim era completamente desconhecido, e voltei a encontrar a verdade, nua e crua. Não gosto de mentiras, não gosto, simplesmente magoam-me mais que algumas verdades cruéis. Mas naquele momento percebi que não só as palavras eram mentira, como centenas de coisas na minha vida não passaram de frases ditas e momentos platónicos... Tudo se juntou à minha fraqueza e cai. E quando me tentei levantar ninguém me estendeu a mão. E voltei a referir para mim mesma que aquelas que me disseram: "darei-te a mão sempre que caíres", voltaram a desaparecer...
E quando acordei, uma angústia e tristeza se apoderaram de mim, tentei descobrir se existia alguma relação entre o meu sonho e a minha realidade, e a única certeza que tive foi que não me falta força para lutar por mim, e por aqueles que sem qualquer tipo de promessa estiveram comigo. Porque esses, esses que não prometem amor e amizade eterna são os primeiros a estar lá por ti, vão deixar-te cair, sofrer, chorar, e não te vão julgar, vão deixar-te aprender com os teus erros, porque isso sim é amizade. 


























Beijinhos,
Carla Salgado

2 comentários:

Anônimo disse...

*.*

Antonio Martins disse...

Um velho ditado diz, "se vires alguém a pedir comida, não lhe dês um peixe, ensina-o a pescar".
Interpreto isto como, quem nos ajuda, não é quem nos facilita a vida, mas sim quem nos deixa cair no erro, para que aprendamos à superar os nossos próprios obstáculos, no fim, serão os primeiros a parabenizar-te.
Parabéns pelo teu blog.