domingo, 17 de agosto de 2014

Os pais também sofrem de depressão pós-parto?

A depressão pós-parto é uma condição típica nas mulheres. Aliás, é uma situação muito importante de se tratar após o nascimento de um bebé. No entanto, a depressão pós-parto não é um problema exclusivamente feminino, também pode afectar homens.
Há estudos que demonstram que a depressão pode atingir até cerca de vinte por cento dos pais no primeiro ano de vida do bebé. Quando o casal enfrenta problemas conjugais esta percentagem pode aumentar consideravelmente. Os pais estão mais propícios a sofrer de depressão, antes ou após o nascimento do bebé, quando as suas companheiras sofrem desta doença.
A dedicação excessiva da mulher ao bebé e a inconsciente má gestão do tempo do casal pode afastar o companheiro e o fazê-lo sentir-se distante e excluído da família. Cada pai é um só, podendo reagir de forma diferente dos outros pais:

  • os que se sentem desvalorizados em casa;
  • os que se isolam por se sentirem desprezados;
  • aqueles que sentem medo de ser abandonados;
  • aqueles que se tornam mais participativos nas tarefas domésticas e nos cuidados com o filho.
Geralmente o homem não tem tanta felicidade em demonstrar os seus sentimentos. Pode ser dificil perceber se um homem está mais fragilizado, o que pode dificultar o diagnóstico e o tratamento de uma possível depressão pós-parto.
Os sintomas da depressão paterna incluem sentimento de tristeza, perda de interesse, problemas de sono e falta de apetite. Casos mais sérios podem envolver também irritabilidade e o afastamento da família. 
A depressão, quer atinja a mãe, ou o pai, pode trazer consequências para as crianças (principalmente se tiver filhos mais velhos). Por este motivo é muito importante estar atento não só à mãe como ao pai, de forma a detectar possíveis sinais e procurar ajuda médica.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Um mês depois...

Poderia voltar a escrever tanta coisa, poderia voltar a dizer o tamanho das minhas saudades. Podia descrever o pormenor de cada mês da minha gravidez... Mas já não consigo. Guardei de tal forma cada momento, cada pontapé, cada ecografia, cada som do coração dentro de mim. Não consigo mais proferir palavras de dor e tristeza. Eu quero lembrar-me sempre das coisas boas que passei durante os nove meses. Desejava imensamente tê-lo comigo, mas em cada palavra escrita não o traz de volta. Há dias em que a dor não passa, destrói-me e sufoca, e nesses dias eu não consigo dizer nada, e por mais forte que eu me mostre e guarde toda a dor dentro de mim, ela mata-me como mil vidros espetados no meu coração. Não quero mostrar que estou a sofrer, quero sorrir... Mas não consigo. Sinto tanto a falta do meu pequeno anjo. Existem dias que penso que fiz coisas que nunca deveria ter feito, se calhar não conseguiria mudar o destino e tê-lo aqui comigo, ou talvez não. Ao longo do tempo percebo que o destino afinal não está traçado, é o futuro reservados das consequências do presente. O destino somos nós que o estamos a fazer hoje. E então penso, a culpa disto é minha? Será que eu podia ter mudado tudo e ele estar aqui comigo agora? 
São tantos os pensamentos que percorrem na minha cabeça, são tantas as opiniões vagas que me dão, que com cada uma delas só me apetece gritar e pedir para parar... Sei que vou viver o resto da minha vida com um turbilhão de dúvidas na minha cabeça. E por mais tempo que passe, por mais dias e meses que passem eu nunca, mas nunca vou conseguir apagar as memórias dentro de mim, nunca vou esquecer, e vai doer sempre, todos os dias. O tempo ajuda a amenizar, mas jamais apaga.
E agora, depois de um mês, só queria que tudo fosse diferente. E apesar de saber que estou a lidar bem com a situação, apesar de eu ter mudado cem por cento e já não ser a mesma pessoa, queria que o pesadelo acabasse e nada disto fosse como está a ser... Já consigo escrever sem chorar, já consigo pensar nele e sorrir, e quando olho o céu e o vejo já consigo sorrir, mas sempre com o coração apertado e repleto de saudade...
O tempo não volta atrás...

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Depressão pós-parto!

A depressão pós-parto é comum, acredita-se que cerca de dez por cento das mulheres sofra do mesmo. Muitas são as mães que com filhos menores de um ano de idade passam por algum tipo de tratamento para a depressão pós-parto. Por vezes confundimos a depressão com uma espécie de melancolia, que geralmente tem início poucos dias depois do parto e, provoca tristeza, preocupação, nervosismos e vontade de chorar. Tudo isso deve-se ao facto de existir uma enorme mudança hormonal que provocam esses sintomas, mas tendem a desaparecer em questão de dias.
A depressão pós-parto é bem mais complicada do que uma simples melancolia. Enquanto algumas mães conseguem superar a tristeza inicial e passam a aproveitar o tempo com os bebés, uma mulher com depressão fica cada vez mais ansiosa e tomada por sentimentos desagradáveis.
Em alguns casos, a mãe já estava deprimida mesmo antes do nascimento do bebé e simplesmente continuam a ter os mesmos sentimentos. Para outras mulheres, a depressão começa semanas, ou até meses após o parto. A maternidade é repleta de altos e baixos, e por vezes alguns dos sintomas aparecem e voltam a desaparecer muito rapidamente.

Sintomas:

  • Tristeza constante, especialmente na parte da manhã e/ou noite.
  • Sensação de que não vale a pena viver e de que nada de bom vem pela frente.
  • Sensação se culpa e de responsabilidade por tudo.
  • Irritabilidade e falta de paciência com o parceiro e os filhos.
  • Choro constante.
  • Exaustão permanente.
  • Incapacidade de se divertir.
  • Perda de bom humor.
  • Enorme ansiedade em relação ao bebé.
  • Falta de concentração.
  • Sensação de que o bebé é um estranho e não o seu próprio filho.
  • Perda de libido.
  • Falta de energia.
  • Problemas de memória.
  • Dificuldade em tomar decisões.
  • Falta ou excesso de apetite.

Não se sabe ao certo se existe alguma forma de prevenir a depressão pós-parto. Sabe-se é que, uma mulher que conte com bastante apoio durante a gravidez tem mais hipóteses de encarar a maternidade com mais confiança e segurança. Por isso, numa segunda gravidez, é importante fazer um enorme esforço para que durante nove meses cuide-se bem, aceitar todas as ajudas, fazer alguma actividade física como caminhar e reduzir os níveis de stress. 


sábado, 9 de agosto de 2014

Sinais de alerta no pós parto!

Após o parto, existem vários factores físicos e psicológicos relacionados com a mulher que devem ter a nossa especial atenção. A preocupação não deve ser só mantida durante a gravidez, nem apenas com o bebé após o seu nascimento. O nosso corpo, e principalmente o nosso foro psicológico sofrem uma enorme mudança que requer alguns cuidados. 
Por exemplo, é normal que, após o parto, exista algum tipo de sangramento vaginal. O cansaço e algumas dores na zona da vagina, ou na zona da cesariana são também factores normais existentes após o parto.
No entanto, existem alguns sintomas que exigem uma atenção médica, elas são:

  • Grande perda de sangue pela vagina, de repente, por vezes acompanhada de sinais de choque, como coração acelerado, tonturas, suor frio e sensação de desmaio.
  • Dores de cabeça constantes e muito fortes, podem ser um efeito colateral de anestesia e é necessário um médico para poder melhorar. A dor de cabeça pode também ser sintoma de pré-eclâmpsia, se assim for, é acompanhada de perturbações visuais e/ou enjoo.
  • Pressão alta que são acompanhadas com os mesmos sintomas da dor de cabeça.
  • Falta de ar, é normal sentir depois de fazer algum esforço, como subir uma ladeira.
  • Dor no peito, pode ser sintoma de embolia pulmonar (quando um coágulo sanguíneo fica preso no pulmão), por isso nunca deve ser ignorado.
  • Dor na batata da perna, podem indicar uma trombose venosa profunda, quando um coágulo se aloja numa das veias do músculo.
  • Pensamentos muito negativos, é um indício de uma depressão pós parto.
  • Comportamento estranho, insónia, agitação extrema, pois o período do pós parto mexe muito com as mulheres.
  • Febre acima de 38 graus, podem ser sinais de infecção.

Existem alguns sintomas urgentes que exigem uma procura mais imediata do médico, tais como:
  • Corrimento vaginal ou com mau cheiro.
  • Sensibilidade extrema na barriga.
  • Hemorróidas muito dolorosas.
  • Melancolia e tristeza que não vão embora depois de dez dias.
  • Dor forte na região da vagina, ou urina com mau cheiro.
  • Incapacidade de segurar as fezes.


Fig. 1 Embolia Pulmonar

Fig 2. Trombose Venosa

Contudo, devemos ter em especial atenção, todos os conselhos que as nossas mães e avós nos dão enquanto estamos grávidas, e mesmo durante um mês após o parto. Aquele mês que todas nos dizem que nos devemos "guardar". Nunca é demais saber, e os mais velhos têm a sabedoria.


Beijinhos,
Carla Salgado

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Carta a um anjo.

Tenho tantas saudades tuas. Não há um dia que eu não sinta necessidade de olhar as estrelas e falar contigo. Como aconteceu esta noite, algo tão inexplicável. Nunca pensei que me estivesses mesmo a ouvir, tenho sempre muita fé e sempre soube que estavas aqui do meu lado a ouvir todas as minhas palavras, mesmo que sejas um anjinho inofensivo. Quando olhei o céu e aquela estrela estava em movimento, tão fraquinha e com pouca luz, e eu disse-te: eu sei que és tu! A estrela ficou tão forte e com tanta luz, quando me voltei a estrela caiu. Uma estrela cadente. Só consegui chorar, por mais que eu saiba que tu estás comigo, estes sinais deixam-me sem reacção. Queria tanto que estivesses aqui comigo. Eu e o pai temos discutido muito, acho que ele nunca vai entender que eu não consigo conviver com uma dor tão grande no meu peito. Eu tento ser forte, e tu sabes que eu tenho feito um esforço tão grande. Mas tudo me faz lembrar de ti, onde quer que eu vá, o que quer que eu oiça, tudo, tudo à minha volta está marcado com lembranças tuas. Não consigo ser forte nessas alturas. Eu sei que não devia sofrer sozinha, eu devia procurar o pai sempre que quero chorar e não o afastar ainda mais de mim e dizer-lhe que quero estar sozinha, mas eu não consigo. Há dias que não sei se consigo seguir em frente sem ti do meu lado, mas tu estás a dar-me força e a fazer-me perceber que eu vou ser muito feliz e que vais viver sempre em mim. Mas sinto muito a tua falta, perco as forças. E o pai não entende... Queria tanto que ele não pensasse que eu estou maluquinha, eu não duvido do meu amor por ele, nem do dele por mim, mas esta fase da nossa vida está a ser tão difícil, quero apoiar-me nele mas não consigo, quando quero falar de ti ele não fala, não reage, ele não percebe que eu preciso falar? Evitar lembrar-me de ti não me vai ajudar em nada. Tu sabes que nós queríamos tanto ter-te aqui, e ele apesar de agora estar mais casmurro do que antes, sente tanto a tua falta como eu. Estou sempre a procurá-lo, mas não o encontro. Sinto-me muito sozinha. Foi uma fase tão dificil na minha vida, a fase mais bonita conseguiu ser também de tantas discussões. Passei por tudo sem ele do meu lado, ele não tem culpa claro, mas foi muito muito tempo sem o apoio que eu mais precisei. E agora, agora não consigo estar longe, não consigo estar sem ele... Mas ele não entende, acha que são coisas da minha cabeça e que não o vou deixar fazer mais nada a não ser estar comigo. Com quem mais poderei eu sofrer? A minha dor só pode ser partilhada com ele...
As coisas vão resolver-se, eu sei que sim. Precisamos de voltar à nossa vida normal, na nossa casa, sozinhos, sem ninguém a meter-se no meio, e sem pessoas a querer nos afastar em vez de nos ajudar a unir ainda mais... É tão triste estas coisas.. Sabes, comecei a ler um livro, "Pela mão dos Anjos". O titulo chamou-me a atenção quando o comprei. E não me arrependo nada de o ter feito. Sabes que descobri que o meu anjo se chama Maria? Acho que vou aprender muito com este livro. E quem sabe conseguir falar mais contigo através destes sinais. 
Está quase a fazer um mês que estou sem ti...  A minha dor aumenta a cada dia, e queria tanto conseguir viver com isso. Mas sinto-me enfraquecida. Vou continuar a olhar o céu e falar contigo. Tu vais sempre dar-me força para eu não desistir. Eu não desisto meu filho.
A mãe, ama-te muito muito muito mesmo. 
São tantas as vezes que olho para o lado e desejo que estejas aqui comigo. Ou nos meus braços. Queria tanto estar a viver isto contigo do meu lado...

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Desabafo #11

Só gostava de voltar atrás no tempo. Mudava muita coisa, se calhar não iria conseguir mudar o mais importante, mas certamente evitaria tantas discussões, tantos desentendimentos, mudava os nove meses de agitação e mudança, por nove meses serenos e longe. Eu sei que não adianta de nada remoer-me sobre tanta coisa, não adianta pedir desejos impossiveis de voltar, apenas vou continuar a sofrer com pensamentos que de nada me vão servir. De tudo isso, resta-me simplesmente a dor, e a enorme saudade. O tempo passa, e cada vez dói mais, gostava tanto de poder conviver sem pensamentos tão negativos, apenas com a dor de saber que existiu, apenas com a saudade de saber que o tive comigo. Passo tanto tempo a olhar para as minhas fotografias, a minha barriga, como é possível Deus ter-me levado a coisa mais preciosa da minha vida? Nove meses de tamanha ansiedade por tê-lo nos meus braços e poder senti-lo perto de mim, e agora... Nada tenho.
Gostava tanto que muita gente entendesse, nem que seja por um milésimo de segundo que nenhuma demonstração da minha dor é em vão, nada é para chamar a atenção, nada é dito de forma vaga ou desnecessária. Tudo é dito com um enorme sentimento, tudo o que escrevo, tudo o que faço, é a minha forma de mostrar as imensas saudades que tenho. Tantos amigos que se disseram amigos e hoje não entendem a minha ausência. Ninguém percebe que não consigo fazer, ou dizer tanta coisa. Quando olho à minha volta e percebo a minoria que ficou do meu lado, que sofreu comigo, e acima de tudo entende todas as minhas atitudes, que me dá o espaço que preciso sem pedir nada em troca. É tão frustrante olhar para trás e perceber que quando tudo estava bem e perfeito, estava rodeada de pessoas,e agora, agora que preciso tanto de apoio, que por vezes uma simples palavra de afecto me faz falta, vejo apenas as pessoas que sofrem comigo. Não quero pensar em maldades, não quero, já tive a minha dose este ano e apenas quero tranquilidade. Quero acreditar que tudo não passam de macaquinhos na minha cabeça.
Espero que, entendam que não estou numa altura em que consigo retribuir qualquer tipo de amizade, apenas passaram três semanas, o meu sentimento, e a minha dor ainda está igual, convivo melhor com isso, mas dói, há dias que não consigo disfarçar, outros tento ser forte.
Há uns dias atrás olhei o céu, vi uma estrela cadente e sorri, dois dias depois, quando voltei a olhar o céu, mais uma estrela cadente passou. Eu sei que ele está comigo, eu sinto, e apesar da imensa tristeza que sinto de não o ter presente, sei que vai marcar sempre a presença na minha vida. O céu continua repleto de estrelinhas, uma delas é o meu bebé...

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Verão durante e após a Gravidez!

Muitos são os especialistas que não aconselham apanhar sol durante as horas em que os raios ultravioletas estão mais fortes, e o mesmo conselho serve para as mulheres que estão grávidas, que nessa fase têm de ter ainda mais atenção ao sol, como à sua pele. Tal como bronzearem-se, seja à luz do sol ou artificialmente. Apesar de bonito, o bronzeado está exposto aos raios ultravioletas e mesmo com protectores solares não está cem por cento protegido, sendo que intensificam o envelhecimento da pele e aumenta o risco de cancro. 
No caso das gestantes, a pele está ainda mais sensível e susceptível a queimaduras, devido ao maior número de estrogénio que aceleram a pigmentação da pele. Há também o risco de aparecerem manchas que nem sempre podem ser removidas depois do parto. 
Outro ponto negativo da exposição ao sol por muito tempo, é o risco de uma desidratação, algo muito mau, tanto para a mãe, como para o bebé.
Os auto bronzeadores são uma boa forma de se manterem morenas, mas não esquecer de primeiramente colocar num pouco de pele para perceber se existe uma reacção alérgica. Para aproveitar bem o Verão, nada melhor do que fazer caminhadas ou relaxar ao ar livre, só e apenas aproveitando o sol do inicio da manhã, e no fim de tarde, mantendo-se sempre muito bem hidratada com água, e/ou também sumos naturais.

Pós-parto
Muitas são as mulheres que após o nascimento do bebé, descuidam-se completamente do seu aspecto físico, visto que todas as atenções estão centradas no recém-nascido. Passam por um longo processo de adaptação que inclui dificuldades psicológicas e desconfortos físicos, que podem prolongar-se de seis semanas a seis meses. Relativamente ao Verão, as mães que tiveram uma cesariana, não devem apanhar sol no local onde a mesma foi feita pois a cicatriz pode escurecer e nunca mais clarear. Para as mães que dão de amamentar, podem apanhar sol, apenas durante quinze minutos por dia evitando o sol das dez horas até às quinze horas.
Muitas mulheres, pensam que, uma boa alternativa para disfarçar as estrias é bronzear a pele. É errado. Apanhar sol nas estrias apenas as vai deixar mais visíveis, e sobre as avermelhadas pode causar manchas. As estrias que são mais recentes podem ficar ainda mais vermelhas devido à dilatação dos vasos. Já as que são mais antigas, conforme a pele fica bronzeada, elas permanecem da mesma cor.
O ideal é aplicar o protector indicado para o tipo de pele com factor maior que trinta e, de preferência,
resistente à água. As melhores dicas para a prevenção das estrias, passam essencialmente por hidratar a pele sempre com sabonetes hidratantes, óleos durante o banho e cremes depois do banho. Ingerir bastante líquidos ao longo do dia, evitar dois banhos por dia para não ressecar a pele e sempre tomar banhos mornos. Para as futuras mamas, atenção com o peso: o ideal é não ultrapassar o ganho de doze quilos até ao final da gravidez.

domingo, 3 de agosto de 2014

Vida sexual pós parto.

Após o parto, a sexualidade continua a ser um aspecto de grande importância na vida de um casal. A vida do casal está toda concentrada no bebé, as modificações no corpo, entre outros factores levam a uma mudança no padrão de comportamento sexual do casal. 
Os factores psicológicos são de fundamental importância na dinâmica do casal que acaba de ter um bebé.

Muitas mães transferem para o recém-nascido todas as suas necessidades e vivências, perdendo o interesse pelo parceiro. O quarto trimestre pós-parto, pode ser o mais desorganizado para a vida do casal. Seis meses é o período de tempo que leva a melhor a retornar às condições físicas, hormonais e psicológicas. 




Alterações físicas
A vagina fica mais seca e com dificuldade de lubrificação, os pontos doem, a barriga fica mais flácida, o peso acima do normal, os seios para além da produção de leite estão mais sensíveis. Durante a fase de amamentação, existe uma baixa produção de estrogénio, o que interfere negativamente sobre a sexualidade nesta fase. Os aspectos emocionais podem também levar a bloqueios sexuais no pós-parto.
Aproximadamente um ano após o parto, a grande maioria dos casais deveria apresentar uma frequência sexual igual à do período pré-grávido. Infelizmente, inúmeros factores sociais e emocionais negativos, associados à dificuldade do casal moderno em administrar crises, acabam por provocar ou manter a inadequação sexual, tornando-se um distúrbio sexual e conjugal "crónico".

Quanto tempo esperar para ter relações sexuais? 
Um mês, a maioria dos médicos recomendam que as mulheres aguardem entre quatro a seis semanas. Os vasos do útero onde antes ficava a placenta estão abertos, e há risco de contaminação e infecção. O atrito do pénis durante a penetração também causa dor. O sexo deve começar devagar e gradualmente.

O tipo de parto também influencia na hora de voltar ao sexo após o nascimento do bebé. Cesarianas, que são mais invasivas que o parto normal, tendem a retardar o período de abstinência sexual, mas mesmo o parto normal não traz garantias.

Em geral, se a mulher sofrer um corte ou laceração na região períneo -  que fica entre a vagina e o ânus - durante o parto normal também pode prejudicar a retomada das actividades sexuais.
Apenas dez por cento das mulheres passam por um parto normal sem sofrer lesões no períneo. 
Naturalmente, para evitar uma outra gravidez em um curto espaço de tempo, os métodos contraceptivos devem ser mantidos normalmente, seja preservativo, a pílula, entre outros. É importante que o casal converse sobre os possíveis problemas que o parto traz para a vida sexual de ambos, dessa forma não haverá desentendimentos.