domingo, 14 de setembro de 2014

Trombose Venosa Profunda (TVP)

Nomes relacionados:
Trombose, flebite, Tromboflebite, flebotrombose e doença trombólica.

É o desenvolvimento de um trombo, designado também por coágulo de sangue, dentro de um vaso sanguíneo venoso, podendo esse trombo determinar obstrução venosa total ou parcial.
A TVP é responsável por sequelas de insuficiência venosa cronicá: dor nas pernas, edema (inchaço) e úlceras de estase (feridas), sendo também responsável por uma doença ainda mais grave, embolia pulmonar. 
O desenvolvimento da TVP é complexa, podendo estar relacionado com os factores seguintes:
  • Estase venosa:
Situações em que há diminuição da velocidade da circulação do sangue. Por exemplo: pessoas acamadas, cirurgias prolongadas, posição sentada por muito tempo (viagens longas em espaços reduzidos - avião, autocarro)

  • Lesão do vaso:
O vaso sanguíneo normal possui paredes internas lisas por onde o sangue passa sem coagular. Lesões, rupturas na parede interna do vaso propiciam a formação de trombos, como, por exemplo, em traumas, infecções, medicações endovenosas.

  • Hipercoagulabilidade 
Situações em que o sangue fica mais susceptível à formação de coágulos espontâneos como, por exemplo, tumores, gravidez, uso de anticoncepcionais, diabete, doenças do sangue.

Embora possa acometer vasos de qualquer segmento do organismo, a TVP acomete principalmente as extremidades inferiores (coxas e pernas). Algumas pessoas estão sob mais risco de desenvolver TVP quais sejam: história de TVP anterior ou embolia pulmonar, varizes, paralisia, anestesias gerais profundas, cirurgias ortopédicas, fracturas, obesidade, quimioterapia, imobilização prolongada, uso de anticoncepcionais, gravidez, queimaduras, entre outros. 

Sintomas:
  • Aumento da temperatura local
  • Edema (inchaço)
  • Dor
  • Empastamento (rigidez da musculatura)
Diagnóstico:
Através de exames específicos como:
  • Flebografia
  • Ecodoppler a cores
  • Ressonância nuclear magnética
Tratamento:
Utilização de medicação anticoagulante (que diminuem as hipóteses do sangue coagular) em doses altas e injectáveis (via endovenosa ou subcutânea). Existem ainda medicamentos anticoagulantes que não necessitam de acompanhamento laboral frequente, embora propiciem ao paciente a mesma segurança no trabalho.

Prevenção:
Ficar muito tempo parado, sentado, propicia o aparecimento de TVP. Portanto, sempre que possível, não ficar muito tempo com as pernas na mesma posição. Para os que já têm insuficiência venosa e, por conseguinte, maior risco de trombose, o uso de meias elásticas é recomendado.

O que aconteceu comigo?

Numa Quarta-feira após o banho, reparei que tinha a perna esquerda bastante inchada e com uma cor avermelhada. À três anos atrás, a minha cunhada tinha sofrido uma trombose e lembro-me perfeitamente da forma como a sua perna estava. Achei por bem ir ao hospital, porque o facto da cor ter mudado deixou-me um pouco preocupada. Dirigi-me ao hospital de Famalicão, e depois de me observarem, desconfiaram da hipótese de trombose. Nesse dia não havia médico para fazer ecodoppler, nem mesmo no dia seguinte estaria. Então, passei a noite no hospital, deram-me uma injecção para o sangue circular melhor, e no dia seguinte fui transportada para o hospital de Braga. Dezassete horas depois de estar em dois hospitais, disseram-me que não teria sido detectado trombose venosa profunda, e ainda tive o azar de apanhar um médico arrogante que me disse que eu tinha excesso de peso e para que passasse, eu teria de perder peso. Enfim, mais um incompetente que me apareceu pelo caminho. Passaram-se dois dias, e depois de ter ido de férias para a Apúlia, a perna continuava inchada, cada vez mais, até que não consegui mais andar, nem tão pouco colocar o pé no chão. Tomei um banho de água quente, pois pensei que poderia ser os músculos, talvez uma contracção muscular, tal como me aconteceu nas costas umas semanas antes. Após o banho, a perna ficou completamente roxa, e a cada minuto sentia mais e mais dores. Então resolvi dirigir-me novamente ao hospital, desta vez de Fão. Nas urgências voltaram a dizer-me que era trombose e escreveram uma carta para o hospital de Braga para que voltasse a fazer a ecodoppler. E mais uma vez, assim foi. Desta vez foi imediatamente detectado TVP. Deram-me uma injecção e receitaram-me injecções e VARFINE para tomar em casa. Durante a semana de férias fiz o tratamento todo em casa, o Fábio dava-me as injecções, duas por dia, de manha e à noite. Fiz o controlo de sangue a meio da semana, na Quarta-feira, os níveis deveriam estar entre 2.0 e 3.0, e estava a 1.7. A partir daí comecei a fazer controlo de sangue todas as segundas, e agora, felizmente, já passei para quinze dias, e depois, espero que seja sempre de um mês. 
Ainda não me disseram ao certo qual foi a causa para que isto me tivesse acontecido, poderia ter sido a pílula que comecei logo a tomar após o parto, mas terei de fazer alguns exames para detectar a causa. Numa das minhas pesquisas a blogs de mães, tive especial atenção às causas de abortos que surgem (apesar de comigo já não ter sido considerado aborto), por trambofilia. O que é a trambofilia? É a propensão a desenvolver trombose ou outras alterações e qualquer período da vida, inclusive, durante a gravidez, parto e pós-parto, devido a uma anomalia no sistema de coagulação do corpo.
Por isso, agora, aconselho a todas as recém mamas a não tomarem logo a pílula, ou pelo esperar no mínimo um mês, mediante aquilo que for aconselhado pelo médico, para que não corram o risco de sofrer uma trombose venosa profunda. Eu fui aconselhada a tomar de imediato após o parto, por não estar a amamentar, e, infelizmente, aconteceu-me isto! Fiquem atentas a qualquer sinal e/ou sintoma!

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