Para todo um começo há um fim.
Quão assustador é recomeçar?
Apanhei uma das viagens mais alucinantes da minha vida. Achava eu que já tinha vivido todo o tipo de experiências da vida adulta, doces ou amargas, e que todo o caminho a partir de agora fosse calmo, com os seus contratempos, mas propícios ao estado em que nos encontramos.
Não imaginava, à um ano atrás que a minha vida dava uma volta de 360º, com tropeços, quedas, feridas, mágoas, surpresas… Não estava minimamente preparada para o misto de emoções num curto espaço de tempo.
Estou a aprender a sobreviver sozinha. Na verdade é uma novidade para mim.
A vida ensinou-me a ser resiliente muito cedo, mas também me presenteou com presença desde sempre. Tive sempre quem me desse a mão e me amparasse as quedas. Tive sempre quem me enxaguasse as lágrimas e me desse força para, no dia seguinte, continuar.
A vida está a ensinar-me a ser resiliente numa outra perspectiva. Não tenho quem me dê a mão, eu caio, e tenho de limpar as lágrimas sozinha. A força encontro-a, nos pequenos detalhes. E sabem uma coisa? It's fucking amazing!
Nunca é tarde para nada. Nunca é tarde para crescer, para aprender, para ser feliz, para amar. Nunca é tarde para viver, nunca é tarde para perceber que merecemos muito mais do que aquilo que a vida nos está a oferecer.
Esta luta pelo recomeçar ainda agora começou. Ainda dói, ainda custa levantar sozinha, ainda procuro os lenços para limpar as lágrimas. Ainda olho á volta à procura de uma mão. Mas perceber que temos tanta força para nos levantarmos sozinhas, é só a melhor coisa do mundo.
Se há algo que não quero perder em mim, é o amor que tenho. A capacidade de amar, de ser feliz, de sorrir e de nunca baixar os braços. Por este caminho tão artilhado, espero não me perder.
O caminho é em frente. E em frente está o futuro. E o futuro espera por mim. Espero que, de braços abertos.