segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Ausente mas sempre presente!

Pois é, estou numa fase da minha vida que adorava que os dias tivessem no mínimo quarenta e oito horas para poder fazer tudo aquilo que preciso. Dividida entre o trabalho, estudo, mudanças, idas ao médico, a coisa não está fácil. Os estudos estão em stand by (infelizmente) porque realmente não há tempo para tudo. As mudanças ocupam a maior parte do meu tempo, não o facto de estar sempre a encher a casa (porque não tenho nada para fazer encher), mas pesquisar e pensar como e onde comprar ocupa-me a maior parte do tempo. Posso dizer que dois mil e quinze começou de uma forma muito turbulenta, mas, até que não foi mau, tenho a certeza que se nada tivesse acontecido, a minha vida não tinha dado este passo gigante. 
Sabem aquela sensação de estar feliz, mas ao mesmo tempo não estar? Nunca escondi o quanto ansiava arranjar casa cá em Portugal e mudar-me. Tinha esses planos em mente enquanto estive grávida. A minha intenção era voltar para França, mas manter cá uma casa para que sempre que cá viesse ter o meu espaço, onde o Francisco pudesse ter as coisas dele cá e lá, e pronto, não depender de mais ninguém... Não preciso de dizer que esse plano saiu completamente furado. Então agora, nos dias em que passo na casa nova, há uma dor que me acompanha. Ainda ontem, enquanto estava a montar um dos quartos, ao ver as malas do Francisco, foi como se o meu coração parasse... É tão estranho um objectivo estar a ser meio cumprido! Está a doer, e por muito que me repita, e que saibam que dói sempre, mexer e remexer em todas aquelas coisas custa muito. 
Lembram-se da minha publicação na minha página do facebook? Eu sonhei com ele. Em seis meses foi a primeira vez. Tantas vezes tentei, adormecia a pensar nele sempre com a esperança de sonhar... Foi tão bom. Tinha exactamente seis meses, estava com um fatinho azul e a sorrir dentro do carrinho! Pode parecer uma estupidez minha, mas pela primeira vez em seis meses sentia-me tão bem, tão feliz. Eu não o vi quando nasceu, mas naquele sonho era exactamente como o descreveram, e como sempre o imaginei... Não quero pensar que estou maluca, quero acreditar que isto é um sinal, que o facto de finalmente a minha vida estar a andar para a frente, ele fica feliz por mim, por nós!!
Só Deus sabe o quanto eu queria tê-lo aqui para partilhar connosco a felicidade plena! A poucos dias da mudança, e apesar de estar completamente feliz, tenho receio de viver repleta de saudade eterna. Não aquela saudade que já vive em mim, simplesmente a saudade em que me aprisionarei sempre a um espaço vazio. 

...

O tempo tem sido pouco, mas tenho tido sempre algum tempo para passar cá e ler alguns posts e mensagens do facebook. E fico eternamente grata por cada mensagem que recebo de apoio e carinho..

Beijinhos
Carla Salgado

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