segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Adeus Alentejo!

E um mês passou, confesso que não dei por nada... Mas as saudades do meu amor apertam!
Poderia fazer uma retrospectiva dos dias que cá passei, mas vou guardar no coração, a minha vinda para cá foi essencialmente para me despedir da minha mãe, por isso devem entender que não é muito fácil falar sobre isso. Não passeei muito, não visitei nenhum sitio novo, não tenho coisas dessas para contar, costumo dizer que sempre que venho para cá venho em retiro espiritual, porque acreditem que é mesmo para isso que serve cá estar, a calma, a paz, o sossego, tudo aquilo que eu procurava e não encontrava, tal é a agitação em Delães, ouviam-se sempre pessoas a falar na rua, carros, aqui não.
Estar com a minha mãe foi, como sempre, algo que não consigo explicar, temos as nossas discussões e picardias, mas acima de tudo temos uma relação de melhores amigas, muita coisa aconteceu, e se ela não estivesse do meu lado, teria ido abaixo facilmente, teria ficado desanimada, mas ela não deixou, todos os dias, incansavelmente ela sentava-se ao meu lado e falava, disse tudo aquilo que eu precisei de ouvir, deu-me a força que eu nunca tive, e protegeu-me como se o mundo acabasse amanhã. Não, não estou a exagerar, quem vive longe dos pais, entende aquilo que eu digo, entende o quão difícil é estar longe de quem se ama realmente, é muito complicado estar longe das pessoas que só nos fazem bem! Muitas vezes essa conversa foi debatida com ela, e eu disse e digo sempre que para mim família é mãe e pai, que por muito que façam são as únicas pessoas no mundo que eu nunca irei virar as costas aconteça o que acontecer. E sei que no fundo o meu pensamento não está errado!
Mais uma etapa da minha vida está a chegar ao fim, e uma nova está prestes a começar, longe daqui, muito longe, agora sim posso dizer que vou viver longe dela, porque até aqui, era so entrar num autocarro e andar umas nove horas de autocarro (eu sei que parece muito), mas agora para poder estar com ela, é preciso entrar num avião e aterrar na cidade do amor, Paris. Confesso que está a ser muito complicado escrever isto, com ela perto de mim, minto se disser que a maior vontade que eu tenho é chorar, chorar e chorar, mas não posso, ela disse-me todos os dias que eu tenho de ser forte, para que as minhas fraquezas não tomassem conta de mim, e vou ser forte, por ela, e por todas as pessoas que todos os dias me dizem isso...

Agora, tenho de ver esta despedida de forma positiva, porque dentro de poucos dias irei reencontrar o amor, o meu amor, o verdadeiro e mais puro amor, ele, ele que este tempo todo esteve à minha espera, ele, que todos os dias me dizia: estou com saudades tuas, amo-te... Ele, e é para ele que irei a correr...


E a minha mãe, que eu tanto amo, levo-a no coração, sempre 



2 comentários:

Princesa disse...

Obrigada querida,
beijinhos <3

Salto Alto disse...

Quase que me fazes chorar com estas palavras... :)