quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

As saudades matam...

Mais uma vez... Quero falar de ti, ou contigo como costuma ser. Tenho tantas saudades tuas meu amor. Eu sei que são demasiadas as vezes que te digo isto, mas dia após dia a dor não passa. Aprendi a sobreviver e a lidar com a situação de uma forma mais calma e madura. Percebi que estava na altura de lutar por mim, e pelo papá. A nossa felicidade foi levada contigo mas juntos somos fortes, e eu sei que os passinhos todos que temos dado tu estás presente do nosso lado. Tu sabes que faço tudo em função daquilo que sinto, e mesmo estas saudades que me matam por dentro ajudam-me a ser mais forte. A tua presença ausente faz-me acreditar que eu não parei de viver. E não parei. Eu tenho lutado tanto, mas tanto, sabes quantas vezes pensei em desistir? Mas não posso, o papá não merece que eu desista de nada, muito menos de viver. Ele tem feito tanto por mim meu bebé. Sabes aquelas ausências dele, longe, onde ficávamos só os dois? Ele prometeu que nada nos iria faltar. E não faltou. Guardo tudo bem perto de mim, tudo aquilo que É teu, tudo aquilo que ele e eu te prometemos dar. Mas tu faltaste-nos, a tua ausência destrói-me. O papá tem tantas saudades tuas. Ele sofre em silêncio e isso magoa-me. Ele não merecia uma perda tão grande como a tua. A tua partida deixou-nos, e ainda nos deixa devastados. Ou como agora. Lavada em lágrimas tento escrever para ti, ou por ti. A verdade é que em cada letra te sinto aqui do meu lado. Continuo a viver por ti meu amor. A minha vida não seria a mesma sem tudo isto. Tu partiste, deixaste-nos, mas não te esquecemos. NUNCA meu amor, vais viver sempre aqui comigo. 
Tenho tantas saudades de te ver rebolar dentro de mim, aqueles pontapés que me faziam cócegas, até quando esticavas os bracinhos e os pézinhos e a mamã dava aqueles gemidos. Não era dor meu anjo, era alegria, ver-te ali mexer com tanta euforia. E quando estávamos na avó no Alentejo, aí sim, certamente estavas tão feliz como eu. Ela lembra-se de certeza daqueles pontapés todos que deste: "vó vó estou aqui e gosto muito da tua comidinha". Tu sabias quando eu me sentia bem, e ali foi, e ainda é o único sitio onde eu me sinto mesmo bem. A vó sente muito a tua falta também, ela sofreu tanto quanto eu com a tua partida. Não imaginas o quanto eras desejado meu amor, desde o primeiro momento em que descobri que estavas aqui, dentro de mim. 
A prima parou de falar de ti. É uma coisa que eu noto tanto. Sempre que ela perguntava pelo Kikinho era como que facadas no meu coração, mas sentia mais a tua presença. Tenho medo que todos te esqueçam. Eu não quero que isso aconteça, quero manter-te vivo. Pode parecer doentio ou até dissimulado da minha parte, mas eu tenho a necessidade de viver assim.
A vida não tem sido fácil para mim. Tenho passado por coisas tão negativas, as pessoas não têm sido o meu grande apoio, muito pelo contrário. Mas por outro lado, existem coisas que me estão a fazer muito bem, mesmo o trabalho do papá, apesar de longe está a correr muito bem.
As saudades que me matam por dentro é que se tornam dolorosas. Não sempre, não a todos os momentos, mas a maior parte deles. Podia viver sem pronunciar uma única palavra sobre ti ou para ti, mas a dor ia continuar aqui e as saudades certamente nunca seriam amenizadas.
Estás quase a fazer cinco mesinhos meu amor. Imagina como estarias grande nesta altura. O Natal não vai ser o mesmo para mim sem ti por perto. Sonhei tanto com este Natal, o primeiro em que estavas presente... Não quero sequer pensar.  

Tenho tantas saudades meu amor. Nesse mundo onde vives espero que nunca falte amor, espero que te tratem bem e te dêem tudo aquilo que mereces. O amor que eu não te posso dar que seja tornado em paz. E que sejas feliz, nesse mundo longe do meu.
És o eterno amor da tua vida.
O papá, tal como eu, ama-te muito meu amor. 
Vamos estar sempre, sempre a pensar em ti.













Francisquinho

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